Estudos recentes têm destacado a importância do brincar para o desenvolvimento infantil, inclusive no âmbito da aprendizagem. Isso porque, pelo seu caráter lúdico, a brincadeira permite uma liberdade de ações atrelada à imaginação, ao mesmo tempo em que também auxilia no processo de assimilação de regras e papéis sociais.
Em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) a atividade também se mostra uma grande aliada para o desenvolvimento infantil, como apontou a pesquisa “A brincadeira intencional na educação da criança com TEA” (FERREIRA et al, 2021).
O estudo realizou uma revisão bibliográfica sobre o tema, cujo resultado indicou “a importância do adulto como mediador no processo educacional com vistas ao desenvolvimento das funções psicológicas superiores, na proposição de atividades lúdicas intencionais, com o foco na linguagem, na atenção e nas interações sociais”.
Conforme a pesquisa relata, recorrendo aos estudos de Martins & Góes (2013), Chiote (2013), Silva & Silva (2014) e Bagarollo et al (2013), devido às dificuldades de comunicação e interação social e de conceber um pensamento abstrato, a atividade do brincar intencional é muitas vezes subestimada e subutilizada enquanto instrumento para o desenvolvimento infantil em crianças com TEA.
Nesse sentido, a bibliografia revisada do estudo denota a relevância do papel dos mediadores na orientação e construção sentidos durante as brincadeiras, seja na interação da criança com os brinquedos, entre a criança e outras crianças, ou na estruturação de um ambiente que favoreça o estímulo do pensamento imaginativo, como, por exemplo, na construção de cenários e figurinos.
Para terapeutas que trabalham com crianças com TEA, o brincar próprio da criança pode ser uma ferramenta efetiva para alcançar os objetivos frente às estratégias terapêuticas traçadas na avaliação específica de cada área, estimulando e aprofundando interações sociais e vínculos afetivos e ampliando a comunicação e expressão da criança com TEA.
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Referências:
FERREIRA, Mírian Carolina Valente et al . A brincadeira intencional na educação da criança com TEA. Rev. psicopedag., São Paulo , v. 38, n. 116, p. 291-298, ago. 2021 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862021000200013&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 01 fev. 2023. http://dx.doi.org/10.51207/2179-4057.20210016.